Entrevista com María Pujol: "O triatlo é mal vivido, moro com minha mãe"

Aqui deixamos vocês uma entrevista com María Pujol, realizada pelo desmarcado.

Maria Pujol É uma daquelas atletas sevilhanas que luta em triplicado, e não só pelas disciplinas do seu desporto, o triatlo, mas pela sua vida. Ela luta para alcançar seus objetivos esportivos, para esculpir um presente e um futuro em uma disciplina que é sacrificada e nem sempre grata, e para encontrar um lugar em um mundo difícil no qual as mulheres nem sempre têm facilidade.

María Pujol é uma triatleta sevilhana que persegue um sonho, os Jogos Olímpicos, mas que já é realidade: terceira no Campeonato da Europa Sub 23 de Duatlo, terceira na Taça da Europa de 2007 na Turquia, terceira na Taça América de Ferrol 2009, 13ª na Copa do Mundo de Triatlo de 2009 na Hungria, em 14º no Campeonato Europeu de Elite Triathlon na Holanda e em 2009º na Final do Campeonato Mundial de 26 na Austrália. Na realidade, o sonho já é bastante real.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-Nome?

-Maria Pujol Pérez.

-Era?

-29 anos.

-Você ainda está de férias?

-Não mais, no começo de novembro eu já comecei a pré-temporada.

-Posso perguntar onde aconteceu?

-Bem, eu comecei no Marrocos. Terminei a temporada com uma competição lá e aí aproveitei. Então eu estive por aqui muito perto. Outros anos tenho viajado, mas este ano não tive muita vontade.

-Se uma pessoa comum aproveita as férias para praticar esportes, o atleta aproveita ...

-Ler, descansar, praticar outros esportes, ver os amigos ... faça o que você não pode fazer normalmente.

-Ilustre-nos, já passou da pré-temporada, mas há quanto tempo você não compete?

-Bem, agora mudei de treinador e tudo depende do calendário que agendamos, mas acho que só vamos começar em fevereiro ou março. Tudo vai depender do calendário que marcarmos.

-Você é melhor sobre rodas, em pé ou nadando?

-Eu cheguei a um momento muito homogêneo, melhorei muito na natação, na bicicleta. Eu venho do atletismo. Nadar é a coisa mais difícil, mas para ser competitivo é preciso ser forte em tudo.

- O que se cansa mais?

-A natação gera muita ansiedade e estresse no começo, no final são 60 triatletas ao mesmo tempo, tem ansiedade, brigas, socos na água ... Então a corrida a pé é o que mais cansa, psicológica e fisicamente .

-Você é um triatleta, três esportes em um, a que você aplicaria essa filosofia de três em um?

-A própria vida, a tudo em geral.

-Uma mulher tão forte fisicamente quanto você, ela causa muito respeito entre os homens?

-Eles olham para você, muscular é verdade que você é mais definido, você transmite mais caráter, muscularmente você parece mais agressivo. Existem pessoas que o impõem. Mas ei, quando eles te encontrarem mais tarde, tudo isso muda.

-Um esporte além do seu?

-Muitos, tênis, esqui, mas meu esporte é tão específico ... e o grupo muscular tão específico que você pode se machucar, é melhor não arriscar.

-Um atleta diferente de você.
-Admiro muitos atletas, mas não tenho ídolos. Talvez Nadal, se ele tivesse que dizer um, por mentalidade. Mas eu realmente não tenho ídolos.

-Por que você usaria o lema, “sim, nós podemos”.

-Para tudo, em qualquer momento de adversidade da vida, esportes, você fica desanimado e diz "sim, nós podemos" e sai na frente. "Sim sim posso".

-O que é que 'nunca poderia…'.

-Eu nunca poderia desistir.

-Existe muito machismo no triathlon?

-Algo que existe, ainda tem, mas outros esportes, como o mountain bike, tem mais machismo, estão mais atrasados ​​nesse aspecto. Felizmente, os prêmios no triatlo são os mesmos, pelo menos. Em outros, dão menos às mulheres.

- Sapatinhos, bicicleta ou óculos de natação?

-Botas e óculos de natação, a bicicleta pode me emprestar. Eu não tenho agora, eles costumam me dar na equipe.

-Você pode andar de bicicleta sem competir?

-Claro que sou capaz e adoro andar de bicicleta, vá ao centro de bicicleta, por exemplo.

-O que você faria para chegar a Londres 2012?

- Continue lutando para trabalhar como ninguém. Se não pode ser Londres, também tem o Rio de Janeiro. A classificação é muito complicada. Já tem um classificado, e depois dois brigam por outro lugar, teria que ser melhor que eles até maio de 2012. No final, um, dois ou três podem ir, mas vai ser difícil.

-Se você pudesse escolher, qual olimpíada você escolheria?

-A gente só faz o triathlon de Sydney, mas ser olímpico é o suficiente, estar na vila e morar lá é uma experiência de vida, não importa o país ou a cidade.

-Você tem algum hobby?

-Nao nenhuma. Não superstições.

-Qual foi a sua última 'desmarcação'?

-Esta tarde, fui fazer um lanche e tomar uma palma de chocolate.

-Você segue uma dieta muito rígida?

-Eu costumo comer limpo, exceto por um doce, ou alguma exceção. De qualquer forma queimo muito nos treinos, nada acontece à exceção.

-O que você se destacaria se pudesse?

-Do máximo legal para assistir aos Jogos.

-Você pode viver no triathlon?

-Eu sou malvado, moro na casa da minha mãe.

-E como você encara o amanhã?

-Estou fazendo mestrado em gestão esportiva. Me treinando, pois não se sabe, gostaria de continuar no triatlo, gostaria que minha carreira servisse para amanhã.

-Você tem coragem de nadar no Guadalquivir?

-Estou acostumado a todos os tipos de águas. Já nadei em muitos, mas qualquer dia começo a treinar no Guadalquivir. Já competi em águas piores.

-Quais foram as piores condições?

- Contra a corrente, primeiro você voa e depois custa um mundo. Com frio extremo, também competi, tendo hipotermia nas mãos.

-De Sevilla ou Betis?

-Betica. Anos atrás, eu tinha o cartão.

-O que você acha de uma equipe de triatlo do Betis?

-Não seria ruim, seria uma experiência linda, para qualquer atleta. Se eu tivesse diante de mim, talvez perguntasse a Miguel Guillén.

-Você é mais parecido com Mourinho ou Guardiola?

- De Guardiola.

-De?

-Por sua filosofia, seu jeito de ser. O jeito de ser de Mourinuo não é nada para mim, o de bater ...

-Uma cidade?

-Seville, sou muito sevilhano e andaluz, mas se for preciso dizer outros, Rio de Janeiro, Paris.

-De?

-Me encantam.

-Um país?

-Brasil, Austrália, eu vou ficar com esses dois.

"Um homem diferente do seu?"

-Pedrosa, Marc Márquez. Eu gosto de motociclismo, meu irmão corria de moto.

-Uma mulher que admiro?

"Bem, eu não consigo pensar em nada agora."

-Uma comida e um lugar para se divertir.

-Eu gosto de ovos fritos e batatas no meu chalé.

-É mais ilhas desertas ou cidades lotadas?

- Depende do momento, relaxar as ilhas desertas, mas existem cidades muito interessantes.

"Algo que você quer que as pessoas saibam sobre você?"

- Nada, que sou uma pessoa muito feliz, muito trabalhadora. O esporte é uma filosofia para mim. Quero realizar meu sonho, que é viver do meu esporte, ser olímpica.

Fonte: eldesmarque.es

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