Entrevista com Javier Gómez Noya, “Sempre saio para vencer; Se você não sai para ganhar, eles passam por cima de você"

O espanhol Javier Gómez Noya, bicampeão mundial e europeu de triatlo, que neste sábado será a grande atração da Copa do Mundo que será disputada em Madri, onde chega o líder da competição, disse à Efe que "sempre" sai vencer e que o fará neste fim de semana.

“Sempre saio para vencer; Se você não sai para ganhar, eles te atropelam", explicou em entrevista por telefone à EFE da cidade madrilenha de Tres Cantos, onde se concentrou nos últimos oito dias preparando o evento na Casa de Campo em Madrid, juntamente com o seu treinador - o asturiano Omar González - o campeão galego.

Gómez Noya regressou a Espanha no dia 23 de maio depois de competir com a sua equipa (EC Satrouville) numa prova do Grande Prémio de França (que venceu, em Dunquerque), para resumir as duas provas que tem este mês, que são muito importantes para ele: o Mundial em Madrid e Europeu em Pontevedra, onde lutará, no último fim-de-semana de junho, pelo tricampeonato continental.

“Queria me aclimatar, porque a prova de Madrid é sempre difícil para mim. Talvez pela altura, já que costumo treinar ao nível do mar. Desta vez parece que haverá menos calor do que no ano passado e isso será bom para mim. E que a prova seja às dez da manhã também”, disse à Efe o bicampeão mundial do esporte olímpico que combina natação, ciclismo e corrida a pé.

Gómez Noya venceu a jornada inaugural do Mundial, no passado mês de abril, em Sydney (Austrália), o que lhe basta para assumir a liderança em Madrid, dado que, devido à catástrofe de Fukushima, foi adiada para setembro - depois da Grande Pequim Final- e pontuadora para a Copa do Mundo do ano que vem, a segunda prova, marcada há algumas semanas para Yokohama, também no Japão.

“O adiamento de Yokohama também não mudou muito meus planos e não me afetou tanto. A de Madri é uma prova muito importante, porque é da Copa do Mundo e me motiva, mas quase ainda mais importante nesta ocasião é a europeia, porque é uma corrida que decide um título e desta vez é disputada em Pontevedra, em casa”, disse Gomez Noya.

 

“Isso não significa que em Madrid não vou sair e tentar fazer o melhor que posso. O objetivo é vencer. Eu sempre quero ganhar. Embora o nível seja muito alto e isso não será fácil. Mas se você não tiver a ideia de vencer, você não vence. Eles te atropelam”, disse à Efe o triatleta de Ferrol nascido em Basel (Suíça) há 28 anos.

“Em Madri, acho que eles serão, exceto (o britânico) Tim Don, tudo de bom. Não sei se graças ao adiamento de Yokohama ou não. Mas o mundo inteiro estará lá, praticamente. E, acima de tudo, destacam-se os (irmãos ingleses Alistair e Jonathan) Brownlee, que são quem definem o patamar neste momento. Depois do que vi nos últimos sprints na França, posso garantir que eles são muito fortes”, declarou.

"Eles são muito parecidos", explicou Javi, sobre os irmãos ingleses, com quem divide uma equipe no campeonato francês de clubes.

“O Alistair está um ponto acima, mas o Jonathan é muito forte, como mostrou no ano passado em Londres e este ano em Sydney (foi segundo, atrás dele, em ambas as provas). Para mim, são os dois grandes favoritos para sábado em Madrid", disse à Efe a Gómez Noya, que a partir de amanhã, quarta-feira, já estará na capital espanhola concentrado em todas as provas relacionadas com o Mundial.

“Não sei como estão os espanhóis, porque não os vejo há muito tempo, mas (o galego) Iván (Raña, campeão mundial em 2002) tem muita experiência e o Real Madrid o motiva, então ele pode fazer bem. Ele fez algumas boas corridas este ano e tenho certeza que estará lá. (The Balearic) Mario (Mola), dependendo da natação, pode ser perigoso. E o Ramón (Ejeda), que mora em Madrid, vai ter uma motivação extra”, comentou.

“Nas meninas, (a Gipuzkoana) Ainhoa ​​​​(Murúa) está em alto nível. O circuito é difícil e pode ser útil. (Da Biscaia) Zuriñe (Rodríguez) e (de Madrid) Marina (Damlaimcourt) vão tentar somar pontos”, indicou Javi, para quem o circuito de Casa de Campo “é um dos mais duros do Mundial”.

“É difícil, sobretudo, pelas oito subidas de bicicleta até à rampa do teleférico, cerca de 800 metros. E se estiver quente, será ainda mais difícil. Correndo, no vai 'pica' para cima; e ao redor, para baixo. Madrid é mais um teste de resistência e força do que uma corrida rápida. Vai ser difícil”, concluiu Gómez Noya.

fonte: adn.es

Não há resultados anteriores.

Publicações Relacionadas

Botão Voltar ao topo